QUANTO INVESTIR EM SEGURANÇA CIBERNÉTICA?
Autora: Diana Villa Real Especialista em Contratos / LGPD / GDPR / PbD / Privacy & Data Protection / Lawyer / Compliance / Governance & Strategy

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Da pesquisa do time de inteligência da BlackBerry, foram apontados quatro nomes de linguagens de programação pouco utilizadas, como sendo as preferidas dos criminosos digitais da atualidade, que são Go, Nim, DLang e Rust. A adoção dessas linguagens estariam crescendo entre os cibercriminosos, que adaptam malwares conhecidos ou criam ameaças completamente novas com base em tais estruturas, de forma a se manterem um passo adiante em relação aos sistemas de defesa, aproveitando do atraso em atualizações ou falta de adequação.



Visando o sequestro de dados como objetivo final, o BazarLoader, usado no início deste ano em ataques envolvendo falsos suportes técnicos, foi reescrito em Nim pelos criminosos, de forma a manter a eficácia dos golpes que também envolvem engenharia social e obtenção de credenciais.



A falta de conhecimento sobre a escrita dessas linguagens, que são diferentes do usual, acabam comprometendo os sistemas sem atualizações, tornando os golpes mais sofisticados e direcionados, voltados a grandes operações e ataques com alta expectativa de lucro, portanto, exigindo sistemas cada vez mais complexos e abrangentes, em um universo no qual a proteção ainda pode ser inadequada.

Pelos dados de 122 empresas consultadas pela Deloitte, das quais 51% têm faturamento superior a R$ 100 milhões, verificou-se que os investimentos feitos pelas empresas cibersegurança são baixos perto da segurança que trazem, demonstrando que os riscos são altos, e que é preciso constantemente pensar em segurança e tomar medidas que demonstrem que os cuidados mínimos estão sendo tomados.